As mudanças hormonais provocam nas mulheres grandes mudanças no organismo por conta do período conhecido como menopausa. Nesta fase, é importante que seja feito um acompanhamento médico para diagnóstico de problemas que podem ocorrer com a saúde, inclusive ocular.

Um dos especialistas que podem ajudar a mulher na fase da menopausa é o oftalmologista. Isso porque as mudanças hormonais alteram o filme lacrimal causando síndrome do olho seco, sensibilidade à luz e coceira nos olhos. O acompanhamento médico pode corrigir o problema diagnosticado e minimizar os incômodos sintomas.

Segundo informações publicadas no site da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, as chances de a mulher desenvolver a catarata também aumentam durante a menopausa. Isso ocorre porque o organismo interrompe a circulação de estrogênio (hormônio feminino), alterando uma das camadas que formam o cristalino (lente natural do olho), que, por sua vez, precisa deste hormônio para bloquear a produção de uma proteína que causa a catarata. Alguns especialistas prescrevem a reposição hormonal para impedir o desenvolvimento da catarata.

No período da menopausa é preciso estar atenta aos sintomas da catarata, que são:
• No início do problema: há perda discreta da qualidade da visão, diminuição da acuidade visual noturna e visão desbotada das cores;
• Na progressão da doença: a visão vai ficando mais turva e embaçada, daí atividades que antes eram realizadas de forma rotineira (leitura, assistir à TV ou caminhar) podem ficar mais difíceis por conta do avanço da catarata.

Não é comum o diagnóstico a olho nu e, na fase inicial, pode não ser percebida com facilidade pelos portadores. Somente o oftalmologista poderá solicitar os exames que serão necessários para a confirmação do diagnóstico, assim como indicar o melhor procedimento para tratamento.

“A menopausa pode até ter como um de seus efeitos o desenvolvimento da catarata em algumas mulheres, porém este não é um fato que mereça grande preocupação, uma vez que é uma doença que tem solução acessível à população.” Dr. Leonardo Akaishi Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares.

“Segundo informações publicadas no site da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, as chances de a mulher desenvolver a catarata também aumentam durante a menopausa.”

A CATARATA
É considerada uma doença multifatorial, ou seja, que resulta de diversos fatores que podem ser genéticos ou ambientais. A mais comum é denominada senil, causada pelo envelhecimento do cristalino, que perde a transparência pela idade. Mas existem casos em que a doença é associada a mudanças no metabolismo, provocada por diabetes mellitus e uveíte (inflamação em partes internas do olho), além de tabagismo, alcoolismo, uso de corticoides ou traumas oculares.

Dependendo da causa, a catarata pode se manifestar em um dos olhos apenas. Nos casos em que está relacionada à idade, doenças sistêmicas ou ao uso de corticoides, aparece nos dois olhos de forma assimétrica, ou seja, pode estar mais avançada em um deles.

Para o tratamento, a única solução é a cirurgia. O mé- todo mais usado é a facoemulsificação, que permite a retirada do cristalino opaco e a substituição por uma lente intraocular. O procedimento, que leva aproximadamente 10-12 minutos, é realizado a partir de um pequeno corte com anestesia por colírio ou pomada. A permanência no centro cirúrgico é de aproximadamente duas horas, incluindo o pré-operatório, a cirurgia e a recuperação pós-cirúrgica. Após o procedimento, o paciente recebe alta no mesmo dia.

fonte: http://www.cbo.net.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_09_leitura.pdf