Muitas vezes, os médicos usam termos técnicos complexos e um pouco difíceis de compreender. Para melhor lhe esclarecer, fizemos uma seleção com algumas das palavras mais utilizadas pelos nossos oftalmologistas em consultas de rotina.

Ambliopia – Mais conhecido como o “olho preguiçoso”, trata-se de uma doença ocular caracterizada pela ocorrência da baixa visão em um dos olhos, fazendo com que ele deixe de desenvolver sua capacidade visual. Pelo fato de enxergar mais nitidamente com um olho, o cérebro começa a desprezar as imagens que recebe do olho mais fraco, e com o tempo ele perde a sua função. Se detectado antes dos 05 anos de idade, a doença tem cura e o tratamento é simples: o olho com melhor visão é tapado, possibilitando assim que o outro se desenvolva.

Blefarite – Doença ocular que acomete cerca de 30% da população, a blefarite caracteriza-se pela inflama- ção das pálpebras, geralmente onde se localizam os cílios. Em geral apresenta os seguintes sintomas: irritação ocular, ardência, coceira, vermelhidão, dermatite, lacrimejamento, embaçamento da visão, queda de cílios e sensação de areia nos olhos.

Blefaroespasmo – Também chamado de “piscar involuntário”, o blefaroespasmo, que significa literalmente “espasmo de pálpebra”, caracteriza-se por um tipo de contração involuntária e repetitiva das pálpebras e da musculatura facial, que pode causar incômodo e levar a um cansaço na área dos olhos e até mesmo a dificuldades visuais.

Cílios – Pelos localizados na borda da pálpebra que servem para proteger o olho de materiais em suspensão no ar, como a poeira.

Correção óptica – Chamamos de correção óptica os recursos (óculos, lentes de contato e/ou lentes intraoculares) que utilizamos para compensar os erros de refra- ção (miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia), permitindo, assim, a visão nítida e confortável.

Cristalino – Localizado atrás da pupila, o cristalino é a lente natural dos olhos. Seu formato pode ser ajustado para focar objetos em diferentes distâncias, num mecanismo chamado acomodação.

Descolamento de retina – Uma alteração nos olhos, que se caracteriza pelo desprendimento da retina da superfície interna do globo ocular. Essa separação interrompe o fornecimento de nutrientes e causa a degeneração celular e a perda da visão.

Diplopia – Visão dupla da imagem de um mesmo objeto.

Emétropes – A palavra emétrope significa sem grau; chamamos assim as pessoas que têm a visão considerada normal, ou seja, que não apresentam a visão com erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia).

Esclera – Também chamada de esclerótica, é a camada externa do globo ocular conhecida como a parte branca dos olhos. Semirrígida, ela dá ao globo ocular seu formato e protege as camadas internas mais delicadas.

Estrabismo – Chamada comumente de “vesguice”, o estrabismo é o termo técnico usado para definir o desalinhamento dos olhos. O estrabismo pode se manifestar de várias formas: esotropia ou desvio convergente (desvio dos olhos para dentro), exotropia ou desvio divergentes (desvio dos olhos para fora) e os desvios verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro). Apesar de mais comum na infância, o estrabismo pode ocorrer em qualquer fase da vida.

Filme lacrimal – Constituído pela lágrima, o filme lacrimal é um líquido que cria um aspecto de película nos olhos, revestindo a córnea e a conjuntiva. Sua função é nutrir a córnea; defender os olhos contra infecções; lubrificar e umidificar a superfície ocular.

Fotofobia – É o nome dado à sensibilidade excessiva à claridade e à luz solar. Tal sensibilidade ocorre quando as células fotossensíveis da retina recusam o excesso de luz e provocam o desconforto. Pessoas com astigmatismo têm maior sensibilidade à luz devido ao formato da córnea.

Glaucoma – Principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença ocular que provoca lesão no nervo óptico e no campo visual. Na maioria dos casos, vem acompanhado de pressão intraocular elevada, mas pode ocorrer glaucoma de “baixa pressão”. A doença pode se manifestar de forma congênita (desde o nascimento); secundária (pós-cirurgia ocular, catarata avançada, uveítes, diabetes, traumas e uso de corticoides) ou crônica (em pessoas acima 35 anos de idade).

Humor aquoso – líquido transparente que preenche o espaço entre a córnea e o cristalino. Sua principal fun- ção é nutrir essas partes do olho e regular a pressão interna.

Íris – Localizada entre a córnea e o cristalino, é ela que dá a cor aos olhos. Funciona como uma espécie de diafragma de máquina fotográfica: quando exposta a muita luminosidade, diminui sua abertura central, e quando exposta a pouca luminosidade, dilata- -se, aumentando o tamanho da pupila. Sua função central é controlar os níveis de luz nos olhos.

Nervo óptico – Estrutura formada pelos prolongamentos das células nervosas que formam a retina. Responsável por transmitir a imagem capturada pela retina para o cérebro.

Mácula – Trata-se da região central da retina, responsável pela percepção de detalhes no campo visual.

Miopia – Deficiência visual em que a luz que penetra no olho é focalizada em um plano adiante do da retina. Os portadores costumam ver menos nítido para longe.

Pressão intraocular – Também chamado de pressão ocular, é o estado de tensão interna do globo ocular, ou seja, é a pressão que as substâncias internas do nosso olho exercem nas paredes dele.

Pupila – Buraco central, por onde passa a luz que atravessa a córnea rumo à retina. É o que se conhece como a “menina dos olhos”.

Retina – Camada mais interna do olho. Tem capacidade de transformar os estímulos físicos (luz) em informação nervosa.

Tropia – O mesmo significado de estrabismo ou “vesguice”.

Úvea – Denominada de trato uveal, é a segunda camada que reveste o olho e tem como sua principal função nutrir o olho, devido a sua rica circulação. É formada por três partes: íris, corpo ciliar e coroide.

Uveítes – Doença ocular decorrente de uma inflama- ção de uma ou mais estruturas que compõem o trato uveal, ou outras estruturas internas do globo ocular. Podem ser de causa infecciosa (bactérias, fungos, vírus e protozoários), autoimune ou idiopática (causa desconhecida).


fonte: http://www.cbo.com.br/novo/geral/pdf/revista-03.pdf