Quando o organismo tem a produção de insulina enfraquecida, ou essa produção se torna defi ciente, o resultado é um quadro de Diabetes! A doença é considerada um problema de saúde pública, pelo Ministério da Saúde. A Internati onal Diabetes Federati on (IDF) divulgou que o Brasil ocupa a quarta posição no ranking de nações com o maior número de adultos com Diabetes (14,3 milhões de pessoas ou 7% da população do país). Além disso, os gastos com a doença ultrapassam os 700 bilhões de dólares, por ano no mundo.

Especialistas afi rmam que o Diabetes causa mais mortes do que o câncer e o HIV juntos! Segundo o Ministério da Saúde, em 12 anos o nú- mero de mortes, por causa da doença, cresceu 38% (24,1 mortes por 100.000 habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100.000 em 2010).

O Diabetes se é a sexta causa mais frequente de internação hospitalar no Brasil e contribui, de forma significativa (30% a 50%), para outras causas como Cardiopatia Isquêmica, Insuficiência Cardíaca, Colecistopatias, Acidente Vascular Encefálico e Hipertensão Arterial Sistêmica; sendo que as hospitalizações ocorrem pelas descompensações agudas, advindas do controle inadequado da doença e de complicações oculares (cegueira), renais (insuficiência renal), neurológicas e vasculares (amputações de membros inferiores), o que enfatiza a necessidade de um acompanhamento para o controle adequado dos níveis glicêmicos e pressóricos e prevenção das complicações e/ou sequelas (SILVA et al.,2010, p.463). Fonte: Portal da Educação.

Diabetes Tipo I
Considerada uma doença crônica, o Diabetes do Tipo 1 acontece quando o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsável pela produção de insulina, comprometendo, a produção deste hormônio. Este processo causa a destruição das células, com isso a quantidade de insulina produzida diminui bastante, aumentando a quantidade de açúcar no sangue. Isto é muito perigoso!

A insulina é importante para fazer com que o açúcar no sangue (glicose) chegue ao interior das células; se este hormônio não fizer esse papel, o organismo não pode usá-lo, promovendo elevação do açúcar no sangue, que é eliminado pelos rins. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas o excesso pode gerar diversas complicações à saúde.

O diagnóstico é feito, na maioria das vezes, durante a infância ou adolescência, por isso, também, é conhecida como Diabetes Juvenil – a idade mais provável no diagnóstico da doença fica entre 10 e 16 anos. Mas, pode acontecer de a doença se manifestar antes dos 35 anos. As pessoas diagnosticadas com Diabetes do Tipo 1 representam de 5% a 10% do total de pacientes com a doença. Crianças com idade entre 1 e 4 anos, também, podem apresentar a doença. Quanto à prevalência da doença, em relação ao sexo, a quantidade de homens e mulheres que tem Diabetes é igual.

O Diabetes Juvenil pode ocorrer por herança genética, mas, segundo informações da Sociedade Brasileira de Diabetes, ainda não existem pesquisas conclusivas sobre os fatores de risco para o Tipo 1. Alguns especialistas afirmam que a doença pode ser iniciada por algumas causas desencadeantes do ambiente, como infecções por vírus (rubéola e caxumba).

Isso porque foi observado que, às vezes, a doença se manifesta depois de uma dessas infecções. Outra causa pode ser a dieta: o leite de vaca pode ter relação com o desenvolvimento do Diabetes tipo 1. Os bebês que mamaram no peito correm menos riscos de ter a doença.

Sintomas, diagnóstico e tratamento
Com o aumento da glicemia (açúcar, no sangue), os sintomas podem ser agravados gradativamente.

Os mais comuns podem ser:
• Aumento da sede
• Aumento na vontade de urinar, inclusive o volume da urina aumenta
• Emagrecimento
• Visão confusa
• Impotência sexual
• Feridas nos membros inferiores
• Aumento da fome
• Tonturas. O diagnóstico é feito por um médico, a partir dos sintomas, e ele indicará um exame laboratorial para Diabetes Mellitus, para medir a quantidade de glicemia no soro ou no plasma do paciente, após um jejum de cerca de 8 a 12 horas.

É muito importante
que as pessoas realizem exames de rotina para diagnosticar precocemente o diabetes. Quando a doença é descoberta tardiamente os danos são irreversíveis

FIQUE ATENTO
aos sintomas que podem indicar o Diabetes, independentemente do ti po:
Fatores hereditários, hipertensão, obesidade, estresse emocional, altos níveis de colesterol no sangue e pessoas com mais de 40 anos de idade são alguns dos casos nos quais se deve ter mais atenção

Em termos de tratamento, para o Diabetes Mellitus do Tipo I é usada insulina, por via injetável, para repor o hormônio que já não é mais produzido pelo pâncreas. Se o paciente não injetar a insulina podem ocorrer distúrbios que colocam a vida em risco. Em todos os casos de Diabetes é indicado uma dieta alimentar equilibrada e práti ca de ati vidade fí sica para controlar a glicose no sangue. É importante, também, controlar a pressão arterial, além de evitar medicamentos com potencial de agredir o pâncreas, como corti sonas, por exemplo. Esses são cuidados que precisam ser observados por pessoas que já possuem um histó- rico de Diabetes na família.

Mais informações!
O uso das tecnologias tem colaborado no tratamento do Diabetes. São usados aparelhos como: os glicosímetros (usados para medir a glicose no sangue) as bombas de infusão de insulina, além de sensores contí nuos de monitorização da glicose. Todos os pacientes precisam ter em mente que a educação em Diabetes é muito importante para o tratamento, assim como seus familiares e as pessoas que convivem com este paciente. Isso é importante para ser ajudado e para receber todo suporte necessário para o bom tratamento oferecido; inclusive para as tomadas de decisões mais adequadas.

Embora o Diabetes ainda não seja uma doença curável, estudos apontam que, no futuro, é provável que isso aconteça. Nos casos do Diabetes Tipo 1, está sendo estudada a terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosti cados. Para o Tipo 2, os estudos com a cirurgia de redução de estômago (gastroplasti a) sinalizam bons resultados, mesmo em pacientes que não estão acima do peso. Porém tais métodos ainda são absolutamente experimentais.

fonte: http://www.cbo.net.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_n10.pdf