Assim como acidentes musculares, quedas e fraturas em campo, traumatismos oculares decorrentes da prática esportiva são mais frequentes do que imaginamos e podem causar danos irreversíveis a visão do atleta.

Ocupando o quarto lugar em frequência, depois das lesões ocorridas nas ruas, em casa e no trabalho, as lesões oculares ocasionadas de atividades esportivas representam 25% do total de casos. Estima-se, segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos, que em média ocorram 100 mil casos de acidentes oculares com os atletas por ano, representando 14% de todos os atendimentos oftalmológicos.

Jogadores que já apresentem condições como alto grau de miopia, trauma ocular prévio, infecção e antecedentes de cirurgias oculares devem ser ainda mais cautelosos devido ao risco de lesões graves. Em uma partida de futebol, por exemplo, a bola pode causar lesões na órbita, nas pálpebras ou no globo ocular, sem contar com o contato físico (pé, mãos, cotovelos) dos jogadores que podem causar grandes lesões como o descolamento da retina, sangramentos na parte anterior ou posterior do globo ocular e lesões na córnea

Além de acidentes oculares, os jogadores podem também desenvolver, na prática do futebol, problemas devido à exposição excessiva dos olhos à luz solar, ocasionando em curto prazo: sensação de corpo estranho nos olhos, dor e irritação, e em longo prazo: catarata (perda de transparência do cristalino), fotoceratite (inflamação da córnea) e degeneração macular (doença que afeta a mácula, área central da retina responsável pela visão de detalhes).

Vale lembrar que lesões oculares podem ocorrer tanto em jogadores de futebol profissionais quanto em amadores.

fonte: http://www.cbo.com.br/novo/geral/pdf/revista-03.pdf